quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Duelo Moderno

Há alguns séculos atrás existiu o duelo propriamente dito, dois seres se armavam e enfrentavam-se, em defesa da honra e seus princípios. O individuo ofendido para demonstrar brio e coragem e que era um espírito forte desafiava o outro para que ferindo de morte lavaria sua honra com sangue, diante dos demais se tornando respeitado pela força.

Os séculos passaram e aparentemente o duelo desapareceu com a chegada dos direitos humanos, passando a ser considerado como homicídio, reprimindo sua pratica.
Mas será que realmente desapareceu?

A mídia demonstra que ele existe nos grandes centros urbanos, onde o narcotráfico impõe sua força, estabelece a lei do silencio impondo respeito pelo medo que alguns possuem, ou pela veneração de outros que inverteram os valores da vida, duelam entre gangues para controle comercial.

Vemos com imensa tristeza também no campo das idéias, praticado por homens que deveriam se preocupar em religar a criatura ao criador, e discutem entre si, arma os seguidores formando-os na infalibilidade de suas doutrinas separando os filhos de Deus por rotulação religiosa.

No seio da família pelas decisões do lar e controle do clã. Através das conquistas financeiras impõe o poder pela opressão quem ganha mais, usando a arma letal á organização psicológica que são as palavras que tanto levanta quando impregnada pelo amor, e destrói quando despejada com mágoas reprimidas ou egoísmo.

Entre nas nações que se tornaram grandes pela retenção de elevadas quantias amoedadas, vampirizam a economia dos menores através de juros insustentáveis, e quando estes não aceitam participar de seu capitalismo ou regime cultural se dizem desafiados em sua moral acreditam-se no direito de destruir pessoas, culturas e dignidades, com a desculpa de libertá-los, tornando escravos livres de seu capitalismo doentio e egoísta.

Que acaba proporcionando comercialmente uma postura materialista, tornando cada ser que anda e pensa como adversário gratuito. Se o colega de trabalho possui melhores qualificações, passa a ser alvo de caça, para não oferecer perigo á sua ascensão financeira, e se esta acima profissionalmente possuindo as mesmas qualificações torna-se insubordinável, demonstrando ciúmes e inveja, causando intrigas e fofocas, o que lhe dá um falso bem estar, contempla o outro não como irmão, mas confunde cabeças com degraus de crescimento.

Surge em nossas mentes uma opressão interna, tornando o homem moderno uma trincheira ambulante pronto para defender-se, ou seja, sempre reagir.
Os problemas do mundo em que vivemos serão resolvidos por nós seus habitantes através de uma mudança individual, contemplando o mundo como uma grande e única família, onde somos separados momentaneamente por necessidade de aprendizado evolutivo do ser individual, que precisa conviver com alguns em especial e influenciando a sociedade por consequência, contribuindo como progresso onde vive. Descobrindo que todo e qualquer problema se resolve com sua ação espontânea e consciente. Que suas necessidades são também as de seus irmãos.

Desta forma Jesus nasce naturalmente na manjedoura de nossa alma, nos impulsionando, a verdadeira religião, que é a do amor, fazendo a religião convencional tornar-se uma filosofia de vida, pois a mesma representa estágios de entendimento de Deus, onde afins se atraem, elegendo como culto de adoração o templo da consciência tranquila, que gera a paz e a igualdade.

Para os omissos e comodistas, este é um sonho distante e talvez inalcançável, alegando que antes disso precisa-se estabelecer o ecumenismo, e por nada querer, mudam constantemente de religião, pois entra vazio e sai vazio, pois só veem os defeitos humanos sem verem os seus ou quando veem deixa a mudança para amanhã ou para próxima jornada no mundo.

Os que despertam da consciência de sono assumem seu papel constante, convertem-se ao evangelho tornando Jesus seu guia e modelo para as mais diversas situações, tornando seus passos rastros de luz a iluminar o caminho dos que com ele na jornada do mundo viajam.

Convertem suas vidas ao bem e ao belo, fazendo-se úteis e importantes á sociedade, e em cada olhar vê Jesus, tratando o próximo como tal, afirmando-se como o apóstolo dos gentios, “Não sou mais eu quem vivo, mais Cristo vive em mim”.(Paulo de Tarso)


Se tiver que duelar que seja as vossas virtudes contra nossas más tendências, para converter-se em homem de bem no mundo e para o mundo.





Peço que se gostou ou não do que leu deixe-nos um comentário, ou mande-nos um email com suas duvidas e criticas, ou sobre o que gostaria de saber sobre a visão kardeciana que dará ferramentas para outro artigo.
Nosso email : ricardo.kardeciano@hotmail.com
Paz e Bem sempre.






2 comentários:

  1. caro kardeciano
    O duelo é sempre uma constante no espiritismo, ha sempre aqueles que se açha superior ao outro por que tem um conhecime

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  2. Muito bom o artigo, porém, nós já estamos no Espiritismo, para vencer-mos os nossos vícios morais, mas, a evolução continua...parabéns ricardo

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