quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dia de Pentecostes: Uma Leitura Espirita...


Dia de Pentecostes era a segunda solenidade Judaica, que significa qüinquagésimo porque celebrada cinqüenta dias após a páscoa, para agradecer a Deus pela colheita, era festa da messe e da promulgação do Sinai , ou seja o recebimento do primeiro livro da humanidade, de origem mediúnica, escrito na pedra.
Por completar o período de pentecostes (Vulgata Latina) é comum se lê na tradução da ou versão Almeida, Cumprindo-se, te escapa detalhes você entende que cumpriu uma promessa...
Mas cumprindo-se o período da primeira festa Judaica que era a Páscoa que se comemorava a saída do Egito, a chegada da primavera no mês de Nissan em nosso calendário Março/Abril, depois da saída Moisés recebe no Sinai o Decálogo ou os 10 mandamentos, esse e o motivo de comemoração, por isso Lucas ao escrever os atos dos apóstolos  faz menção a este dia.
Assim descreve Lucas: ... Estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um estrondo, como de vento que soprava impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceram-lhe como se repartidas umas como línguas de fogo, e posou sobre cada um deles. Foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar varias línguas (15), conforme o Espírito Santo lhe concediam que eles falassem.
Estavam então residindo em Jerusalém judeus, homens religiosos de todas as nações que  há debaixo do céu. Logo de deu este ruído, acudiu muita gente e ficou pasmada, porque cada um ouvia falar em sua própria língua.Estavam pois todos atônitos e  admiravam-se dizendo: Por ventura não são todos Galileus  estes que falam ? Como é que ouvimos falar em nossa própria língua em que nascemos?
Os que não entendiam zombavam afirmando que era mosto.(*)
Vamos desdobrar o texto de Lucas que descreveu segundo narrativa dos doze para ele.
“... de repente, veio do céu um estrondo, como de vento que soprava impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. ”Identificamos nesse inicio de narrativa, a ausência do que faziam ali provavelmente em seus encontros a escondida já que a época eram perseguidos, identificaram um som externo que caracterizaram como um estrondo, tentando compará-lo como de um vento impetuoso que encheu toda casa e apareceu como "Apareceram-lhe como se repartidas umas como línguas de fogo, e posou sobre cada um deles" Temos uma descritiva de um fenômeno primeiramente de efeito físico, ou seja em um aparente agente físico promovendo tal evento que pairando primeiro sobre suas cabeças para depois os tornarem  intermediários de 15 prováveis Espíritos, que foram descrito como Espírito Santo, no nosso entender, atendendo a necessidade de atingir-se uma coletividade para chamar atenção de um grupo maior, tivemos uma manifestação inteligente e inteligível em pelo menos 15 idiomas.
Olhando e relendo pela óptica espírita nós encontramos o primeiro fenômeno descrito em o Livro dos Médiuns de Allan Kardec, o fenômeno chamado de Pneumatofonia, ou seja, de voz direta de efeito físico sem o concurso direto do pensamento do médium sobre o fenômeno, depois ai temos um fenômeno de psicofonia onde o médium atinge o seu papel de interprete dos Espíritos, Allan Kardec chamou esses médiuns capaz de falar em outras línguas de mediunidade poliglota , já mais tarde estudada por Charles Richet e Ernesto Bozzano , vieram chamar esta faculdade e possibilidade de Xenoglossia.
O espiritismo entende que línguas estranhas então é : toda língua que o médium desconhece, mas que existe de alguma maneira e que pode ser comprovada, língua não inteligível sem atender o objetivo da comunicação racional e concreta só quem admite a existência é uma ciência chamada Programação Neuro Lingüística vem chamar de língua do inconsciente seu papel e utilização é um estudo que cabe a PNL.
No campo do espiritismo entendemos a possibilidade da comunicação em idioma desconhecido pelo médium da seguinte forma: Isso é possível de acordo com a maleabilidade que o médium oferece ao Espírito comunicante no momento da comunicação, de estimular o arquivo do inconsciente do médium para que ele interprete o pensamento do Espírito, e exteriorize na língua que ele carrega no  inconsciente.
Partindo do principio que nos banhamos em diversas culturas e armazenamos, no arquivo de nosso Espírito diversas línguas algumas já esquecidas e consideradas mortas , e outras em uso, essas ainda em uso é estimulada pelos Espíritos para atingir um fim providencial, o fim providencial daquele momento era chamar a atenção dos discípulos,que em um momento de reunião comum, ou de choro ainda pela ausência física de seu  mestre precisavam de algo que lhes despertasse ou estimulasse e impulsionasse na caminhada, como  foram usados pelo menos 15 idiomas,temos quinze possíveis pessoas sendo chamadas a despertar sua atenção para  uma mensagem universal de mudança interior, se fazia necessária a principio ser assimilada e vivida. No espiritismo entendemos que a linguagem única no universo é o pensamento, sendo o pensamento o idioma receber e interpretar na pureza esse pensamento já é indicio de fidelidade mediúnica, sendo assim conseguimos interpretar pelo pensamento qualquer coisa, desde que captemos.  
Os cristãos da primeira hora tinham a sua volta um grande numero de pessoas, mais ainda não tinha no seu grupo um pregador poliglota, o que só iria surgir mais tarde com Paulo o converso de Damasco e Lucas médico formado pela cultura de Alexandria.
Segundo uma nota de rodapé na Vulgata latina dizem ainda que mesmo os discípulos falando em seu idioma de nascimento eles eram compreendidos por pessoas que não falavam o seu idioma mais compreendiam o que queriam dizer, ou seja que mais do que palavras eles transmitiam seus pensamentos e que esses eram capitados, e entendidos, na linguagem de hoje entendemos como telepatia.
Como espírita respeitamos todos os dogmas de fé, de todas as religiões e nos distanciamos de criticas, mas, para nós a Língua estranha é todo e qualquer idioma conhecido e reconhecido de forma que por alguém e que possa ser entendido, ou seja, não jogado ao vento e aceito sem a devida investigação e  racionalização atendendo a determinado fim, pois são inúmeros casos catalogados antes durante e depois de Kardec, que se permitiam a investigação e comprovação , já o acontecido durante a festa de pentecostes atendia o fim de acender e manter a chama da fé e colocar o cristianismo em discussão por outros povos. 
Para o espiritismo Espírito Santo tem a conotação de Espírito bom, e se entende como um grupo desses Espíritos que se juntam com fim providencial, ou seja, seria um conjunto de Espíritos.



*Mosto era um tipo de bebida fermentada comparada a cerveja hoje.

Um comentário:

  1. Gostei muito de sua explanação,é tão bom ainda sermos alunos na primaria da Doutrina Espirita.Que Deus o Abençoe.Abraço fraterno.

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