sexta-feira, 16 de março de 2012

Divagando , devagar , de vagar...

Olhava para traz e pensava, repensava...
Não em busca de memorias queridas.
Não em saudosismo do que fiz .
Ou pensando sobre o que não fiz.
Mas olhando com olhar maduro e pensando...
O que aprendi ?
Que quando eu sufoquei, e não permiti viver...
Quando não se vive, não se sente, não se da, por conseguinte não recebe.
Que quando você liberta , você conquista , pois só parte quem nunca esteve.
Pois quem esta realmente fica , pois por mais longe que vá, não foi, ficou.
Vi que quando pensei que amei, não entendia o que era amar , pois confundi com sexo.
Quando se descobre o amor ele se plenifica na irrestrita felicidade , e esta escapa, e escapava de toda definição.
Pois não se pinta o que se sente, apenas sente, e muitas vezes sente sozinho , mas mesmo sozinho se descobre, no todo , mas não como um pedaço igual, mas como uma parte diferente pensante e vivente.
Que as relações mais difíceis foram as que mais forjaram meu caráter, que me trouxeram a este ponto.
E o que e este ponto o da velhice ?
Não o ponto onde acordei...
Acordei pois dormia como em um sono sem sonho, sem o sentir, na ilusão do nada que pensava que era algo.
Perguntei o que tinha ?
Um apartamento...
E até quando este apartamento seria meu ?
Até a morte...
E quando esta se daria ?
Acordaria amanha?
E minha mãe... Até quando seria minha mãe ? 
E meus filhos ? Até quando seria meus filhos ?
Minha esposa .... Minha esposa ?
Conclui em minhas divagações... 
O material era temporário...
Este amor da matéria cessaria com a morte...
Minha mãe seria minha mãe, até a próxima encanação , e assim meus filhos, e assim minha esposa...
Nada seria minha, nada seria meu...
Só possuía então o que sentia ...
E ate quando eu sentia ?
Então o que não mudaria ?
Eu ?
Como disse em amigo outrora... 
"O essencial é invisível aos olhos é o ilusório tudo que e palpável"


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